Doenças Africanas no Brasil

do linfoadenoma, e de umas quantas outras manifestações filarianas.

Há muita coisa interessante a respigar na parasitagem humana da filariose, quer no seu período de microfilária, quer no de filária adulta.

Assim, por exemplo, eu não posso, de modo algum, deixar de especificar que não são somente aos bons que o mosquito infectado poderá ou deverá picar. Inúmeros, pelo contrário, são os casos de novas infestações em indivíduos já infectados.

Pedro Severiano de Magalhães cita diversas observações neste sentido. Pode acontecer que os mesmos insetos sugando um indivíduo contendo microfilárias, voltem a picar este indivíduo, com intervalo de alguns dias, inoculando-lhe, de novo, a filária, não mais embrião, mas larva; estabelecendo assim, um círculo vicioso deveras desagradável para o hospedeiro que vê, desta maneira, cada vez mais precária a sua saúde.

Ao lado da reinfestação, devemos considerar também a filariose como doença familiar, consequência inevitável de indivíduos vivendo em uma só casa e sujeitos todos ao perigo comum de picada pelos mosquitos domiciliados nesta casa, todos eles infectados por um doente de filariose, aí co-habitando com os bons.