Doenças Africanas no Brasil

Este parecer pode estar muito bem fundamentado, e eu não ponho nisso a menor dúvida, mas a sucinta explicação deste experimentado patologista pouco nos adianta quanto ao fenômeno ora em apreço, porque não somente ele não nos diz, nem nós conhecemos, de nenhuma maneira, quais são estas modificações químicas de tamanha sensibilidade que obrigariam uma variedade de microfilárias só vaguearem à noite no sangue periférico, obrigando a outra somente de dia percorrer esta mesma via sanguínea.

A menos que queiramos admitir como tais modificações, aquelas de que nos fala R. Penal, referentes às toxinas urinárias, estudadas por Bouchard, durante o sono e durante a vigília.

As filárias adultas são as únicas responsáveis pelos males a que me venho referindo: — "elefantíases", que existiam abundantemente tanto na Bahia, como em Pernambuco, como em diversos outros Estados brasileiros; mais entre os negros que nas pessoas da raça branca e ainda hoje se encontra, com relativa frequência, nestes mesmos pontos do nosso país; "hematúria", "hematoquilúria" e outras perturbações tributárias destes nematóides.

Mas, não é autenticando a presença destas filárias adultas que nós iremos encontrar elementos para fazer o diagnóstico diferencial da enfermidade.