E, pois, se em boa lógica, para tentarmos um estudo retrospectivo a respeito da "Peste Negra do Oriente" e da "Lues sifilítica", deveremos fazer detidas investigações sobre os termos "Peste" e "Lues", por que não agirmos com o mesmo critério, utilizando idêntico rigor técnico com o termo Boubas, empregado por muitos escritores, sobretudo quando simples "amadores" no assunto?
É esta uma objeção forte e que invalida, de certo modo, o testemunho de Gabriel Soares de Souza, afirmando a existência das "Boubas" entre os tupinambás, sem precisar a significação exata desta palavra.
E se, por hipótese, fossem mesmo as "Boubas" a doença que vitimava os Índios, em que isto provaria o não exotismo do mal?
Anteriormente, deixei bem evidenciado que, com os nossos primeiros colonizadores vieram os pretos africanos para lhes servirem de escravos; de modo que, quando este escritor português veio para o Brasil e tornou-se proprietário de engenhos de cana na Bahia, já o haviam precedido levas e mais levas de colonos do continente negro, escravos dos colonizadores e escravizados às doenças do seu país de origem.
Por que, então, não concordar terem sido eles que contaminaram e propagaram, entre os índios