Demonstrada, como deixei, a existência autônoma do Pian ou Bouba, quero salientar, como último esclarecimento sobre esta doença africana, que, embora em diminutas proporções, ainda pode ser observada no Brasil, desde S. Paulo ao Pará. Rara nestes dois Estados, porém muito mais frequente em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em Pernambuco, Francisco Clementino (55) Nota do Autor e Jorge Lobo (56) Nota do Autor têm publicado interessantes observações de casos de suas clínicas.
A África, que tantos doentes nos exportou nos tempos do tráfico negro, ainda é um bom celeiro da doença.
Firmino de Sant'Anna, em trabalho publicado em 1910 (57) Nota do Autor somente em Moçambique, observou nos seus Hospitais, 311 casos em três anos e ele mesmo confessa que este número está muito aquém da realidade; umas vezes "porque muitos colegas ainda consideravam as boubas como manifestações sifilíticas" e outras porque "como os portadores de bouba raramente deixam de