— "Mas, enfim; quais são as últimas notícias que têm? E de quando são?"
Não se lembram.
Forçado me foi resignar-me a esperar ainda cerca de uma hora para saber alguma cousa.
Pusemo-nos outra vez em marcha, e não foi sem certa contrariedade que vimos tranquilamente fundeado ao pé de um ilhéu o Oiapoc, vapor que tínhamos deixado no Rio de Janeiro em preparativos de partida, e que não tornáramos a avistar. Tivemos porém, desforra porque, segundo parece, esse vapor demanda muita água para que possa aproximar-se da cidade, e teve de esperar atrás do ilhéu que lhe mandassem barcos de vela para o desembarque.
Continuamos a aproximar-nos da ponta de terra, sobre a qual está assente a cidade do Desterro, ou, como é o seu nome todo, de Nossa Senhora do Desterro, capital da província de Santa Catarina. A parte principal da cidade e o porto ficam do lado do Sul. Na Praia do Norte, que estamos vendo e que se chama Praia de Fora, avistam-se casas rodeadas de jardins.
Cerca das 2 horas e meia fundeamos no porto, onde se acham, além de alguns navios de vela, dous vapores: o São Paulo, que vai partir para o Rio Grande e que já está carregado de tropa, e o D. Pedro Segundo, que se encontra em concerto desde seu desastroso naufrágio na costa setentrional desta província. A cidade eleva-se diante de nós em anfiteatro coroado de várias igrejas de duas torres, como são quase todas as do Brasil. Na extremidade sul, no alto de uma ladeira que desce quase a prumo para o mar, vê-se o hospital do Menino Jesus, espaçoso edifício. Este estabelecimento é