chamam Eufrásio), que já hospedou o imperador quando por aqui passou.
No molhe de desembarque está a Câmara Municipal, cujo presidente faz um pequeno discurso, outras autoridades e grande multidão, que solta os vivas do estilo e deita foguetes em todas as direções. O comandante militar em exercício é um coronel de apelido Campos; o verdadeiro comandante é um tenente-general reformado, que se encontra enfermo. Na rua principal estão formadas duas companhias da Guarda Nacional local. Parece que esta Guarda Nacional só foi chamada ao serviço depois da passagem do imperador, por ter sido mandada para o interior a guarnição de linha que até então ocupava a cidade. Compõe-se a Guarda Nacional unicamente de habitantes da cidade, na maior parte empregados do comércio. Por isso não se vê nela um só homem de cor, e o tipo geral indica um grau de educação superior ao dos guardas nacionais do Norte. Em compensação os oficiais mostram bem no aspecto que saíram agora mesmo dos seus escritórios e dos seus estabelecimentos de venda, e que vão já voltar para lá. Esta Guarda Nacional do Rio Grande tem pouco mais de 400 homens; usam quepe de couro, farda azul e calça branca.
Depois de ter tomado posse do meu aposento, soube que se estava a construir uma obra de fortificação no extremo da cidade, e, como o Sr. Eufrásio me anunciava o jantar só para as quatro e meia, fui passear para aquele lado.
A cidade do Rio Grande do Sul, que foi a primeira que se fundou nesta província, data de 1787; conta hoje, ao que me dizem, 14.000 habitantes e tem muitas casas de comércio europeias, na maior parte alemãs. Os principais objetos de comércio