são os couros e a carne-seca. As ruas principais, em que se veem lojas elegantes, são três, todas paralelas à praia. Há muitas casas de azulejos, o que dá impressão de asseio e elegância. A rua mais importante apresenta hoje muitas bandeiras de consulados; também há uma nesse famoso consulado inglês, donde saíram as diatribes tão injustas do Sr. Prendergast Vereker, origem do conflito a que a mediação portuguesa ainda, infelizmente, não conseguiu pôr termo. As ruas são calçadas; mas antes de se passarem as últimas casas da cidade, já se está num mar de areia, em que se torna muito custoso andar. Vi, contudo, uma sebe viva, não sei dizer de que espécie de planta, porque não tinha uma só folha; mas tanto bastou para me recordar a Europa. No caminho da fortificação passamos por um hospital, que uma Santa Casa de Misericórdia está construindo, com o auxílio do governo. Por ora só há uma das quatro fachadas; mas há de ficar um edifício muito bonito; pelo menos muito grande. Há de ter cúpula de azulejos.
A fortificação a que me referi, à qual dão o nome de trincheira, é uma simples linha de redentes que deve fechar, de uma a outra praia, a ponta de terra em que está edificada a cidade. Fez-se em toda esta extensão um muro vertical de alvenaria, indispensável para sustentar as terras ou, para melhor dizer, as areias que devem formar a obra. A falta de coerência destas areias dificulta muito os trabalhos, pois que ao mais pequeno vento logo se acumula areia do lado exterior do muro. Parece que já de há muito se pensava em construir esta defesa; porém só ultimamente se ativaram as obras. Resultou evidentemente esta resolução da ideia que no momento atual,