austríaca, enquanto os diplomatas brasileiros não tinham tradição e estavam tolhidos completamente por uma política isolacionista. A inabilidade da corte do Brasil em dominar a complexidade do governo, especialmente nos anos de formação, fez com que a corte austríaca perdesse a confiança nela e assumisse o papel de conselheira da nova monarquia.
A Áustria sempre limitou a sua ajuda a uma orientação dada livremente. A corte de Viena encorajava insistentemente a corte do Rio a alcançar o ideal de governo encarnado no imperador Francisco I e seu chanceler Metternich. Tal tipo de governo, aconselhava Viena, só seria capaz de sobreviver, se todas as revoltas fossem rapidamente abafadas por força militar. Não é difícil imaginar que a corte do Rio em breve se cansou desses conselhos infindáveis dados sem o apoio material necessário.
A base mais significativa da aliança austro-brasileira foi sem dúvida a solidariedade dinástica resultante do casamento de D. Leopoldina com o príncipe D. Pedro. O casamento abriu a porta às relações diplomáticas, econômicas e culturais, que provavelmente não teriam ocorrido, se tais laços de família não se tivessem estabelecido. Politicamente D. Leopoldina pôde intervir em Viena em favor do reconhecimento do novo Estado, e Metternich pôde dirigir e modificar a política brasileira em relação a Portugal, particularmente na tentativa de reconciliação em D. Pedro e D. Miguel. A morte prematura de D. Leopoldina encerrou efetivamente as ligações entre as nações. Se ela tivesse sobrevivido, teria incontestavelmente conseguido reforçar os laços de família entre os dois impérios e, em consequência, as relações diplomáticas teriam sido de maior significação. Sua morte, tão cedo, contribuiu ainda para esfriar as relações, particularmente porque foi amplamente sabido que ela não conseguira encontrar felicidade completa com D. Pedro, que se inclinava a dar importância demasiada à sua amante.
Anos depois, quando D. Pedro autorizou seu sogro em Viena a obter-lhe uma segunda mulher, ficou provado que a publicidade a respeito da amante de D. Pedro tinha sido forte demais e que, em consequência, era impossível encontrar uma princesa da Europa que quisesse casar com o jovem Imperador. O malogro de Viena em obter uma mulher para D. Pedro contribuiu para diminuir o intercâmbio diplomático.
O novo malogro de Viena em obter mulher para D. Pedro II, não somente significou o fim das relações íntimas entre