A Bahia e a carreira da Índia

significou uma atitude liberal do governo em relação à iniciativa privada, uma vez que não são poucas nem pequenas as compensações que pediram.(104) Nota do Autor

Apesar da carência de dados estatísticos é possível verificar-se que no quadro geral das exportações pelo porto do Salvador, o tabaco quase sempre ocupou o segundo lugar, sendo antecedido apenas pelo açúcar. O total de sua exportação é sempre consignado para Portugal, sem que se mencionem os portos que o receberiam, em reexportação, o que evidentemente nos dificulta sobremaneira o conhecimento do quantum que se enviava para a Ásia. Somente pesquisas mais acuradas nos arquivos portugueses, africanos e asiáticos poderão responder a essa questão.

Quer parecer-nos que no século XVIII chegou a ser estabelecida uma cota mínima para a carga de tabaco que uma nau da Índia, a chamada "nau de viagem", levava para o Oriente. Pela frequência com que é citada nos documentos a quantidade de quatro mil arrobas de tabaco de boa qualidade parece corresponder a essa cota. Esse número que deve ter sido anual e era transportado pela "nau de viagem", passou a ser de seis mil arrobas na última década do século XVIII.(105) Nota do Autor

Em verdade essas quantias nem sempre foram atingidas, fazendo com que a autoridade constrangesse os lavradores a fornecê-las através de uma derrama proporcional entre os melhores arbitrando a autoridade colonial a respectiva proporção.(106) Nota do Autor

O tabaco era remetido em rolos, em pó e em folha, acondicionado em pipas ou em fardos. Sua exportação foi grande no século XVIII; em 1757 alcançou 248.702 arrobas; de 1761 a 1763 atingiu 248.197 arrobas; em 1767, 209.245 arrobas(107) Nota do Autor; em 1798, sabemos que seguiram para Portugal 326 fardos, ou sejam, 23.448 rolos, perfazendo 380.053 arrobas no valor de 668:863$750 réis.(108) Nota do Autor Os totais aí citados destinavam-se à

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