muitas vezes dos próprios navios de guerra, que no dizer dessa autoridade mais pareciam navios mercantes.(110) Nota do Autor
O desequilíbrio que em diversos momentos e por diferentes motivos chegou a haver entre o consumo e a produção como as condições climáticas desfavoráveis ou ainda a falta de cuidados dos lavradores que em vez de secá-lo ao vento, faziam-no ao sol e nem sempre o abrigavam convenientemente da chuva em telheiros que para isso se destinavam(111) Nota do Autor, foi geralmente mais desfavorável para a produção, impedindo o pronto atendimento dos mercados orientais. A medida que se tornava possível o fornecimento de novas partidas, os navios para isso disponíveis encarregavam-se de transportá-las para a Ásia, em diversas viagens, até que se completasse a cota solicitada. Esse fato repetiu-se muito no século XVIII.(112) Nota do Autor
Cachoeira era a vila que concentrava o número de lavradores mais reputados como produtores de tabaco. Havia ali armazéns para acomodação do produto. Uma vez chegada uma nau da Índia ao porto, desde que isto se tornasse necessário para conseguir mais prontamente a carga de tabaco de qualidade que lhe estava prevista, a Mesa de Inspeção do Tabaco costumava mandar o escrivão da Vara do Tabaco até a Vila de Cachoeira para junto ao juiz-de-fora daquela localidade providenciar a pronta arrecadação do produto uma vez que seus lavradores costumavam enterrá-lo para posterior venda. De Cachoeira até o Salvador o tabaco era conduzido em barcos cuja navegação era muitas vezes perturbada pela chuva e pelo vento sul. Por sua vez o transporte dos locais de produção até os armazéns da Cachoeira era feito em carro de boi.(113) Nota do Autor
A reexportação dos artigos originários do Salvador pelo porto do Rio de Janeiro não se destinava apenas ao Prata, pois devido provavelmente à mudança da capital em 1763, no final do século XVIII, ou mais precisamente a partir de 1797, pelo menos, encontramos ordens para que o tabaco baiano exportável para a Índia passasse a ser enviado antes para o Rio de Janeiro, de onde seria transportado para o Oriente.(114) Nota do Autor Aliás um ofício do Governador da Bahia de 17 de maio de