os seus quadros políticos e literários. Uma grande geração de estadistas começa a aparecer na década de 1840-1850. Por sua vez, na ordem literária, assinalaria Sílvio Romero:
O decênio de 1840 a 1850 foi, talvez, um dos de maior efervescência literária havidos no Brasil(8). Nota do Autor
1845 está assim colocado dentro de um momento brasileiro de criação cultural e política.
Filho mais velho, teve o Barão do Rio-Branco oito irmãos: Maria Luísa, Amélia Agostinha, Augusta Amélia, Luísa, Maria Honorina, João Horácio, Pedro Maria, Alfredo(9). Nota do Autor Nenhum deles sobreviveu ao Barão. Quase todos morreram cedo: Pedro Maria, com onze anos (o irmão mais velho dizia dele que era o mais inteligente de todos); Augusta Amélia, com vinte e três anos; Luísa, com dezenove anos; Alfredo, com vinte anos, em Paris, depois de uma breve existência de boêmio que encheu a família de pânico, escândalo e desgosto. Dir-se-ia que logo ao filho mais velho o Visconde transmitiu todo o seu vigor físico, a saúde, a capacidade, as aptidões e talentos.
Ao Juca - como passou logo o menino a ser chamado para se distinguir do pai - daria também a sua assistência mais constante e mais imediata, uma vez que não estava ainda de todo voltado para os negócios do Estado. Foi o seu primeiro professor; ia à tarde buscá-lo de volta da escola, quando Juca Paranhos fazia uma iniciação sentimental de mãos dadas com uma menina da sua idade(10). Nota do Autor Dizem que foi uma criança pouco expansiva, pouco risonha, vivendo desde cedo em concentração no seu pequeno mundo. De outro castigo não se lembrava Juca Paranhos senão o de o terem amarrado certa vez numa perna de mesa em postura de macaco. Dir-lhe-ia em carta, mais tarde, a Viscondessa:
Tu sempre foste, Juca, o melhor dos filhos(11). Nota do Autor