Rio Branco (o Barão do Rio Branco). Biografia pessoal e história política

Capítulo XIV

Os últimos atos. Ajustes de limites com o Peru e o Uruguai. Pai e filho. Os tratados de arbitramento. O A. B. C. Relações com os países da América do Sul. Fases da política externa brasileira. Nem militarista, nem imperialista. O fim. Desgostos políticos. A doença e a morte. Sobrevivência de Rio-Branco.

CONCLUINDO A OBRA do Tratado de Petrópolis, nas regiões da bacia amazônica, o Barão do Rio-Branco assinou com o representante do Peru, a 8 de setembro de 1909, um Tratado de limites que completava o de 23 de outubro de 1851 na parte da fronteira que ia da nascente do Javari até o rio Acre. Ficavam assim definitivamente estabelecidas as fronteiras entre os dois países, fechando-se o litígio que provocara incidentes sangrentos e quase servira de motivo para uma guerra.

Desde 1904 vinha o Barão do Rio-Branco estudando o problema da fronteira perúvio-brasileira para verificar até onde se estendia, segundo o uti-possidetis, o direito territorial de cada nação. Daí as duas missões de exploração e reconhecimento que enviou ao Alto Purus e ao Alto Juruá. Serviu-lhe como elemento fundamental de estudo o relatório de Euclides da Cunha, com o mapa por ele desenhado(718), Nota do Autor no qual vinham marcados o território reclamado pelo Peru, antes e depois do Tratado de Petrópolis, e o que esse país reclamava da Bolívia. Com o Brasil as reclamações peruanas se baseavam no Tratado Preliminar de 1.° de outubro de 1877,

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