dizer a Rio-Branco, em nota confidencial, estar disposto a aceitar qualquer solução por ele proposta para a complicada questão de Tacna e Arica. E a propósito dela escrevia o Barão ao governo do Chile:

"É mais prudente transigir do que ir à guerra. O recurso à guerra é sempre desgraçado(739). Nota do Autor

Outra intervenção da diplomacia de Rio-Branco - e na qual tanto se destacou Joaquim Nabuco - ocorreu no caso Alsop. Nessa ocasião, ele falou lealmente aos Estados Unidos a linguagem da paz, aconselhando a harmonia, obtendo que eles retirassem o ultimatum apresentado ao Chile e concordassem em entregar a questão ao arbitramento. E tendo Rio-Branco recusado o papel de árbitro, que lhe ofereceram, foi o caso entregue ao juízo arbitral do rei da Inglaterra.

Levando em conta essa ação continental de Rio-Branco, o ministro do exterior do Chile, Agustin Edwards, saudou-o como "o líder respeitado das Relações Exteriores de toda a América do Sul", e "Sáenz Peña, em banquete no Itamarati, ao lançar, em nome da Argentina, a frase "Tudo nos une e nada nos separa" - indicou o Barão como fator dessa obra de concórdia, julgando-o como "um estadista que é uma glória de sua terra e uma honra da América".

Em 1911, Sáenz Peña enviava Ramon Cárcano ao Rio, em missão confidencial, dizendo-lhe:

- Tenho fé no Barão do Rio-Branco, que possui um admirável senso prático e critério de homem de governo(740). Nota do Autor

Logo no primeiro encontro, Rio-Branco recusa o alvitre da equivalência naval, mas concorda em que o Brasil suprima o contrato para o terceiro dreadnought, no caso de tornar a Argentina igual providência. Comunica a Ramon Cárcano, na presença do Marechal Hermes da Fonseca:

- Isto era um desejo do governo brasileiro e hoje é um fato definitivo. Fica assim a coincidência convertida em realidade simpática mediante um compromisso entre cavalheiros. O Sr. foi o intermediário amável(741). Nota do Autor