igreja, lançara a seguinte maldição: "Malditos sejam os Carvalhos! Que Deus não os perdoe nunca e que paguem pelos tempos afora os sofrimentos que causaram a esses infelizes"(18) Nota do Autor, maldição que seria repetida pela mãe de Rosendo ao ver jogada a última pá de terra sobre as sepulturas.
Na impossibilidade de reconstituir os cadáveres, há a crença popular de que os pedaços foram colocados em sacos de aniagem, nos quais foram sepultados.
Face à febre amarela, os sepultamentos vinham sendo feitos em improvisado cemitério no bairro rural das Cruzes.(19) Nota do Autor Mais tarde, os despojos do "Coronel" Carvalho foram removidos para o Cemitério de São Bento, na cidade. Quanto aos dois Britos, as versões são duas: a primeira é que, dias após os crimes, as covas foram abertas durante a noite e os cadáveres retirados e jogados no Rio Jacaré, como medida de prudência da parte do grupo dominante, a fim de evitar que, de futuro, as sepulturas lembrassem os fatos. A segunda versão é a dos que dizem que, quando os primeiros golpes de picareta foram desferidos para a remoção dos despojos, a terra começou a verter sangue, o que provocou o imediato cancelamento da providência.
A fachada da antiga Matriz, demolida em meados da década de 50, era ornada por três imagens de santos em tamanho natural. As posturas das imagens eram assim interpretadas: uma, de mãos postas, estava perguntando, aflita: "Quantos morreram neste largo?". A outra, com três dedos estendidos indicava o número das vítimas, incluindo um negro enforcado numa árvore do largo.