A terceira imagem, também de mãos postas, exclamava, compadecida: "Pobre terra!".
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Sanada a situação sanitária da cidade, os sepultamentos voltaram a ser feitos no cemitério da zona urbana, permanecendo o das Cruzes, logo popularizado como "Cemitério dos Britos", em completo abandono até 1930, com o panorama desolador de alguns túmulos em ruínas, situação que persistiu até há pouco, quando a Prefeitura iniciou, por volta de 1970, a urbanização da área, lá fazendo sepultar os indigentes.
O abandono da área até 1930, oferecendo a paisagem de cercas caídas e gado pastando, não impediu que, principalmente nos dias de "todos os santos" e "finados", o local recebesse romarias. "Essa sepultura está toda cercada de flores, retratos, velas, etc., fruto de promessas do povo que recebe milagres por intermédio dos mártires de memorável trucidamento. (...)
E isso, mais uma vez, queiram ou não queiram os remanescentes do carvalhismo criminoso, levar ao cemitério das Cruzes, hoje, a lágrima de sua saudade aos que tombaram como verdadeiros mártires" (sic).(20) Nota do Autor
Após 1930, o poder público pouco fez pelo "Cemitério dos Britos", por mais de uma década, não obstante a queda de Plínio. Por outro lado, a partir daí as romarias se intensificaram, passando a ser ponto obrigatório da visitação piedosa e devota de boa parcela da população, nos dias 1 e 2 de novembro.
Em 1945, a Prefeitura autorizou a construção de uma capela, por iniciativa de particulares, que organizaram uma subscrição popular e que foi erigida sobre os túmulos dos Britos, tendo como padroeiro São Manuel.(21) Nota do Autor