Em maio a comissão depunha o seu relatório. "A instrução em todos os seus graus, diz o seu relator Cunha Leitão, está em sensível decadência. O ensino superior apresenta os mais deploráveis sintomas. O secundário, quase exclusivamente a cargo da iniciativa particular, tem degenerado em simples meio de chegar às escolas superiores, dali resultando o desleixo com que a maior parte dos estabelecimentos deste ramo de ensino depondo os escrúpulos de uma missão conscienciosa, qual deverá ser a sua, buscam em outros alvitres os meios de auferir maiores lucros. O ensino primário, apesar dos grandes esforços que em prol dele hão sido envidados, é quase nulo em seus benefícios efeitos; poucas escolas, frequência insignificante, mestres mal preparados. É este o quadro triste e sombrio do ensino entre nós..." ... A elevação do nível dos estudos secundários é assunto assaz complexo. Em nada poder-se-á melhorar as condições do ensino superior (que, aliás, está fora do objeto da comissão), sem providenciar sobre os meios de levantar o ensino secundário de modo que o candidato à matrícula nos cursos superiores disponha de sólido cabedal de conhecimentos. Para este fins faz-se necessário, principalmente, alargar o programa oficial, fundar instituições apropriadas ao desenvolvimento de tal programa, esculpir esse cunho oficial nas instituições provinciais e particulares, e exigir provas rigorosas da aptidão dos examinandos, não só pela severidade dos exames, como pela moralidade e independência dos examinadores. Em referência à instrução primária maiores são as dificuldades práticas. Além da