A instrução e o Império - 2º vol.

progride. Em geral as escolas de aplicação, sempre mais afastadas da ação central do ensino superior, correm o perigo de ficarem estacionárias.

As escolas de infância, diz o artigo oitavo, pertencem à esfera do ensino primário, pois fecham o círculo da sua ação com o ensino de primeiras letras. Antes disso, desde a idade que medeia entre os três e quatro anos, a sua atividade consiste na educação da sensação e no ensino concreto. Nas Províncias são elas de jurisdição provincial e pelas circunstâncias do país, atenta a tenuidade da população, são de pouco uso prático. Na Corte são suscetíveis de mais frequente aplicação; mas em todo caso são uma exceção à regra das escolas elementares em circunstâncias especiais. O sistema inglês deixa, em regra, estes estabelecimentos à iniciativa particular e à atividade das associações. As condições do Município neutro proporcionam ensejo, nas freguesias mais populosas, a um ensaio nacional destas instituições.

O décimo e último artigo do plano Ferreira França, refere-se às escolas normais. "A importância destas escolas é sentida por toda a parte; porém no regime do nosso direito público só podem ser estabelecidas oficialmente no Município neutro. A França deu o exemplo de uma Escola normal superior. Esta espécie, porém, parece que pode ser suprida pelo ensino universitário, como se vê nas universidades alemãs, nas quais não é até estranha a existência de institutos pedagógicos. Com efeito, nota-se no plano do ensino universitário na Alemanha que nas universidades se proporcionam todos os subsídios necessários para cada uma das diferentes profissões e especialidades