em qualquer dia depois do dia 15 de novembro, e que o movimento devia partir do "Minas" ou do "São Paulo".
Aqui devo confessar que não me recordo do nome do conspirador de mais evidência da guarnição do "Minas", sendo o do "São Paulo" Manoel Gregório do Nascimento.
Sem um destes encouraçados, não se podia deflagrar a revolta, pois do contrário, ficando um deles fiel ao Governo, teria de haver combate naval, até que o couraçado fiel ao Governo fosse eliminado, cousa que daria muito trabalho, se não redundasse no fracasso da revolta.
Isto confirmado, deixou-se passar o 15 de novembro e o Marechal Hermes, presidente eleito, assumiu o Governo da República.
É óbvio dizer que se a revolta houvesse deflagrado no dia 14, conforme a proposição de Nascimento, o Marechal não teria assumido o governo e muitos oficiais teriam perdido a vida. E talvez o próprio Marechal.
Isto porém seria política, e os marinheiros não se interessavam por política e apenas desejavam algumas justas reivindicações, conforme lhes fazia sentir o chefe intelectual, moral e real da revolta, Francisco Dias Martins.
Foi assim que a 22 de novembro de 1910, às 10h30min horas da noite, de bordo do Encouraçado "Minas Gerais" partiu o primeiro grito de revolta, logo aderido pelo Couraçado "São Paulo", Scout "Bahia" e Couraçado "Floriano"(*). Nota do Autor
Os demais navios da esquadra, intimados pelos quatro primeiros revoltados, aderiram ao movimento, passando suas guarnições para bordo dos navios citados, salvo alguns elementos suspeitos aos revoltosos(**) Nota do Autor, que, ignorantes da causa do movimento, ficaram desorientados e no momento da revolta ou fugiram de seus navios ou se deixaram dominar pelos oficiais. O fato é que todos os navios da esquadra, intimados a aderir à revolta pelos quatro que logo se revoltaram, içaram a bandeira da revolta sem o que teriam sido afundados pelos canhões dos revoltosos.
Até mesmo a Fortaleza de Villegagnon onde se achava o Quartel Central do Corpo de Marinheiros Nacionais, sob o comando do