Sentindo-se sem forças para reagir contra ações subversivas que julgava iminentes, aproveitou-se da sugestão do mestre-d'armas de que seria necessário enviar para terra o escaler de compras, para nele embarcar, levando consigo aqueles que não quiseram participar do motim que se formava. Nenhum obstáculo encontrou de parte dos marinheiros, seguindo com alguns homens para o Arsenal. A última visão que teve do Tenente Paiva, que também não se manifestou em relação à sua saída, foi dele recostado em um banco no convés.
À vista do depoimento prestado pelo Tenente Barbosa no Conselho de Investigação acerca da participação dos anistiados nos motins de dezembro (como adiante veremos), o Presidente do Conselho sugeriu que o Tenente Paiva fosse submetido a Conselho de Guerra, o que foi feito, tendo então sido revelados maiores detalhes dos acontecimentos no "Deodoro".
Após a retirada do Tenente Barbosa e seus poucos acompanhantes, o clima que, segundo testemunhas, tinha se mantido tenso toda a noite, de semirrevolta, transformou-se em completa adesão à rebelião, tendo assumido o "comando" do navio o Cabo José Araújo, elemento com certeza ligado previamente aos conspiradores.
O Tenente Paiva acabou por se recolher à praça-d'armas, onde ficou dormindo até ser acordado pelos amotinados, que o aconselharam a se retirar de bordo. Ainda tentou negar-se a fazê-lo, mas acabou sendo forçado a embarcar em uma lancha do Cruzador "República" que passava e foi intimada a atracar. Depois, os marinheiros não consentiram que ninguém mais saísse do navio.
No Conselho de Guerra a que o Tenente Paiva Novais respondeu, todas as testemunhas afirmaram que ele estava bastante alcoolizado e era um tanto incoerente em suas intervenções. O acusado confessou que se achava de madrugada no Passeio Público (um dos locais da vida noturna no Rio de Janeiro, na época) quando foi informado por um estudante que a Esquadra havia se revoltado. Decidiu então ir para bordo de seu navio, o "Bahia", mas, não sendo recebido, seguiu para o "Deodoro", ao qual pertencia o escaler que encontrou no cais Faroux, e forçou a transportá-lo. Depois, de nada mais se lembrava (?), a não ser que, não tendo sido aceita sua cooperação pelo oficial de serviço, fora dormir na praça-d'armas, onde, acordado pelos marinheiros revoltados, estes forçaram sua ida para terra.