de Carlos VII de França, era uma figura primacial na arte. O bancquet documenta o alto gosto fidalgo no momento.
"Pour premiere assiette: Chapons au brouet de canelle; Poulles aux herbes; Choulx nouveaulx, et puis la Venaison.
Second metz: Rost le meilleur; Paons au selereau: Pastez de chappons; levrotz au vinaigre rosat; et Chappons au moust Jehan.
Tiers metz: Perdrix à la trimolette; Pygeons à l'estuvée, Pastez de venaison; Gelées et leschées.
Quart metz: Pour cresme, Pastez de poires; Amandes toutes succrées; Noix et poires crues"(278) Nota do Autor.
O banquete mantinha, há mais de quatrocentos anos, as linhas gerais da atualidade. Capões e galinhas, repolho e caça, seguindo-se o assado, pavão, pastéis de frango ao vinagre rosado, perdiz, pombos, pastel de caça, fatias de pão com o suco de carne e aves assadas. A sobremesa, pour cresme, pastéis de peras, amêndoas açucaradas, nozes e peras ao natural.
O pavão denunciava festim aristocrático. O vilão não o podia comer. Traziam-no moldurado com sua plumagem caudal. Era a viande des preux, comida dos bravos. Ao trinchá-lo, era costume um cavaleiro, estendendo a mão direita para a ave, prestar o juramento do pavão, voeu du paon, prometendo realizar um ato heroico. Ficaria desmoralizado se não cumprisse a promessa. Quem recebia uma fatia ia igualmente afirmando fazer qualquer proeza, menor, mas digna do pavão heráldico.
O capão possuía sua fama. Pertencia à mesa fidalga. Quando do inventário de um nobre, o primogênito, pour son préciput, o droit d'âinesse, possuiria tanta terra quanto um capão transpusesse voando, tout l'espace qu'on chapon pouvait franchir en volant (289) Nota do Autor, partindo do manoir senhorial.
Uma moralité francesa publicada em 1507, Comdamnacion de Bancquet, velha de um século, anotada pelo erudito P. L. Jacob, fixa o ambiente ainda feudal, com duques e soberanos reinando, independentes e brigões, no território que seria da França unificada, com suas festas, jantares, torneios característicos e regionais.
"Ils ont le meilleur temps de France,
Sans soucy, sans melencolye".
Todas as vitualhas postas na mesa para a livre escolha individual:
"Chascun preigne sa porcion,
Puisqu'il y a viande en plagie".