mandavam encerrar no sepulcro plusieurs de ses cuisiniers et fabricants de boissons, registra El Berki(297) Nota do Autor. O mesmo no Benin e também em Angola, onde os servos figuravam representados por pedras chatas, na cerimônia fúnebre da "Pedra de Quibala-Muíji"(298) Nota do Autor. Absoluta certeza de que a dignidade majestática continuaria a ter as alegrias da boa mesa nos vários paraísos africanos.
Grande batalha missionária seria convencer um poderoso chefe negro a renunciar o prolongamento gastronômico e sexual na vida eterna pela tranquilidade ascética do céu cristão, sem frutos maduros, sem vinhos perfumados, sem mulheres ardentes...
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A figura do cozinheiro decaiu de sua grandeza histórica. Era participante da confiança majestática, vigia meticuloso da saúde real e o primeiro cuidado dos conspiradores seria conquistar o apoio dessa importantíssima personagem. Milênios antes dos poudres de succession sob Luís XIV já o cozinheiro manipulava a vida e a morte na sedução dos acepipes irresistíveis. Era familiar aos fidalgos, indispensável na consulta prévia aos festejos. Colaborava nas relações diplomáticas pela excelência quituteira. Uma recomendação insistente nas embaixadas era a escolha de um cozinheiro superior em conhecimentos. A cozinha francesa foi dominadora, não porque seus devotos tivessem ido a Paris, mas porque frequentavam os jantares dos delegados da França espalhados pelo mundo. O velho axioma de quem come, amansa era preceito político essencial em Direito Internacional Público. As habilidades de Charles Maurice de Talleyrand-Périgord, príncipe de Benevent, infernalmente astuto, no Congresso de Viena, de setembro de 1814 a junho de 1815, teriam o lastro da cozinha francesa em glória inexcedível. "Não há bom diplomata com mau cozinheiro", dizem ser frase sua. Afirmam que o cozinheiro tem feito mais pela divulgação da França que o Quai d'Orsay.
Outrora também o cozinheiro abandonava a grelha pelo bastão de comando. Em 587 a.C. o exército de Nabucodonosor tomou Jerusalém, e queimou a casa do Senhor, e a casa do Rei, e as casas de Jerusalém; e entregou às chamas todos os edifícios, como se lê no IV Livro dos Reis, 25, 9. O general-em-chefe dessa multidão babilônica era Nabuzardan, cozinheiro do Rei. Cerca do ano mil o poeta Egberto de Liège, na Fecunda ratis, comentava