História da alimentação no Brasil – 2º volume: sociologia da alimentação

(61) Nicácia Maria da Conceição faleceu nonagenária em 1920, Natal. Foi uma das mais famosas cozinheiras da cidade, inimitável no preparo de peixes e perus. Fora cozinheira do governador Alberto Maranhão, gourmet exigente e requintado, que a proclamava incomparável. Não era doceira. Foi também cozinheira em nossa casa.

(62) Emmanuel RIBEIRO, O doce nunca amargou... Doçaria Portuguesa. História. Decoração. Receituário. Imprensa da Universidade, Coimbra. 1928.

(63) Doceiro Nacional ou Arte de fazer tôda a qualidade de doces. 7.ª edição melhorada. H. Garnier, Livreiro-Editor. Rio de Janeiro, sem data. Ver 89.

(64) Duarte LOPEZ & Filippo PIGAIPETTA, Relação do reino de Congo e das terras circunvizinhas. Dois tomos. Tradução de Rosa Capeans. Agência Geral do Ultramar. Lisboa, MCMLI.

(65) Informação de Júlio César da CÂMARA, que viveu de 1916 a 1923, nos seringais do Pará, rio Xingu e afluentes. Sobre alimentação de seringueiro, enviou-me longa carta, em 16-VIII-1963, de Serra Negra, RN, onde reside.

(66) E. Roquette-PINTO, Rondônia. Antropologia. Etnografia. Arquivos do Museu Nacional. Volume XX. Rio de Janeiro, 1917.

(67) Il primo viaggio intorno al globo terracqueo o sia ragguaglio della navegazione alle Indie Orientali per la via d'Occidente, fatta dal Cavaliere Antonio Pigafetta Patrizio Vicentino sulla squadra del Capit. Magaglianes, negli anni 1519-1522. In Milano, MDCCC, nella Stamperia di Giuseppe Galizzi, p. 15. Exemplar da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Consulta pelo cônego Jorge O'Grady de Paiva.

(68) Conde de FICALHO, Memória sobre a Malagueta. Edição prefaciada e revista por Ruy Telles Palhinha. Agência Geral das Colônias. Lisboa, MCMXLV.

(69) Francisco López de GÓMARA, Historia general de las Índias, tomo 1. Espasa-Calpe S. A. Madri, 1941.

(70) Ghorcarninchea Randpacho Sangat. O companheiro da cozinha da dona de casa. Livro de receitas de Pedro Damião DIAS. 3.ª ed., B. X. Furtado & Sons. Dhobitalao, Bombay, s. d. Obséquio do Padre Aluísio José Maria de Sousa, de Goa.

(71) Conde de FICALHO, Garcia da Orta e o seu tempo, cap. 1, 2, 3, cap. III. Lisboa, 1886.

(72) Baptista Caetano de Almeida NOGUEIRA, Vocabulário das palavras guaranis usadas pelo traductor da "Conquista espiritual" do Padre A. Ruiz de Montoya. Anais da Biblioteca Nacional, vol. VII. Rio de Janeiro, 1879.

(73) Serpa PINTO, Como eu atravessei África. Dois tomos. Londres, 1881.

(74) Esses phaseolus seriam espécies afins, o Phaseolus grahamianus, do Hindustão e Ceilão, o Phaseolus trinervius, o Phaseolus calcaratus, do sul asiático, como o Phaseolus tribolus, na parte meridional, mais acentuadamente, como o Phaseolus acontifolius, do Himalaia e Ceilão, e outras. Essa última é usada na Índia com emprego idêntico ao feijão brasileiro comum. Há mais de 150 espécies nos dois hemisférios: frijol; haricot, fagiuolo, kidney, bean, manjeta, fasola, bajoca, alubia, judia, bohne, bonchi, dambela do Ceilão, dau-tlan-tau da antiga Cochinchina, o loba hindu. O feijão mais popular no Egito é o Lablad vulgaris Savi, o mesmo Dolichos lablad Linn., bem possivelmente o encontrado como alimento no lupanar de Pompéia no ano de 79, em cuja cidade havia culto regular de Ísis. Trata-se do chamado feijão-cutelinho em Portugal, cuti, namarra, namurrua, miúdo, mimanaiaue, grosso, em Moçambique (26). Gossweiler (20) identifica o cutelinho com o mambaeza de Luanda, mukululo de Icolo e Bengo, mankansa-mansaka de Mussorongo e Zaire (Congo), dikanza de Ambrizete (Angola). Noticiando alimentação chinesa sob os Tcheou ocidentais e Changs ou Yin, século XI antes de Cristo, Henri Maspero e Jean Escarra escrevem: C'est surtout du millet et des haricots qu'on semait, un peu de blé et d'orge aussi, du riz seulement dans les régions méridionales, Les institutions de la Chine. Presses Universitaires de France. Paris, 1952.

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