O fardo do homem branco. Southey, historiador do Brasil. Com um estudo dos valores ideológicos do império do comércio livre

ver embranquecido e, se possível, mais próximo das antigas tradições do camponês europeu(16) Nota do Autor.

Desejavam, como Evaristo da Veiga, João Severiano Maciel da Costa, Caldeira Brant e D. Romualdo de Seixas, substituir o trabalho escravo pelo de camponeses da Europa, livres, talvez pequenos proprietários... Sonhavam com a europeização do Brasil através da imigração de colonos europeus.

Estadistas do império, como o visconde do Uruguai, ou o próprio marquês de Paraná, empenhados na centralização administrativa e no fortalecimento do poder executivo, aceitavam a garantia oferecida pela Inglaterra para assegurar a consolidação do novo império; mais do que isso, pareciam ter absorvido a mesma ideologia humanitarista, autoritária, filantrópica, europeia dos ingleses na sua visão ideal do futuro Estado-Nação que estavam empenhados em construir.

Depois de 1850, terminado o processo de consolidação da unidade nacional, estes mesmos valores persistiriam na mentalidade modernizadora das elites promotoras do progresso material do país. Entre nós, o programa de organização do Estado, segundo os padrões autoritários e centralizadores da ideologia conservadora dos europeus, teria um papel paradoxalmente inovador, na medida em que viria sobrepor-se ao localismo anárquico

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