terras estranhas, sempre motivado por problemas imediatos e inerentes à sociedade inglesa, que transbordava em busca de mercados pelo mundo todo. Anos mais tarde, em 1815, preocupava-o a reforma da ordem existente, a obra de conscientização dos homens, a educação, o modo pelo qual pudessem vir a sentir que todos os seus interesses individuais estavam identificados com "a continuação e a preservação da atual ordem de coisas". Abandonaria projetos utópicos para preocupar-se com reformas concretas. Em 1796, pensava nos radicais Joseph Gerrald, Thomas Holcroft, e no filósofo anarquista William Godwin, como nos três primeiros homens da Inglaterra e talvez do mundo(19) Nota do Autor. Já em 1817, substituíra-os por Andrew Bell, que inventou na Índia um novo método de alfabetização das massas(20) Nota do Autor; por Thomas Clarkson, quaker, que dedicara a vida ao movimento em prol da extinção do tráfico de escravos; pelo socialista Robert Owen, criador de Nova Lanark(21) Nota do Autor. Estava consumada a transição do utopismo revolucionário para o conservadorismo de reformadores filantropos, integrados na ordem constituída. Entre 1796 e 1806, gravitou para a história. A lembrança da época visionária suscitada pela Revolução francesa e vivida em sua juventude o perseguiria sempre:
"...in Earth's dark circlet once,
the precious gem of Living Light...
O fallen Jerusalem!..."(22) Nota do Autor
Com a frustração do projeto de emigração dos pantissocratas, foi como se o transpusessem para o futuro, sem perder inteiramente a fé na perspectiva da regeneração social e individual do homem, que para os românticos se coloria de tonalidades apocalípticas:
"Blessed hopes! awhile
From man withheld, even to the latter days,
When Christ shall come and all things be fulfill'd..."(23) Nota do Autor
Quis retomar as raízes, perceber a continuidade das tradições da comunidade nacional e do progressivismo moral da humanidade,