usam mantos curtos, cujas mangas cobrem as mãos; nas mais ricas as mangas são amarelas, com largos punhos de veludo negro, recamados de prata.

O vestuário das escravas é de excessiva simplicidade: uma saia ordinária, camisa ou mesmo uma espécie de fichu que cai sobre o peito, porque nunca têm camisola. O dos escravos compõe-se unicamente de um langeatí (?) ou calção de algodão, raramente de uma veste. Quase sempre não passam de andrajos de repelente imundície.

"Os costumes primitivos dos habitantes do Rio de Janeiro", diz Du Petit Thouars, "eram os de Portugal, mas foram bem modificados, bem desnaturados pelas licenças dos primeiros colonos, e pela mistura das raças de Índios e de Africanos que se cruzaram a tal ponto que se encontram em toda parte, na cidade, trinta pessoas de cor para uma branca. O cruzamento das raças não parece ter sido aqui favoravel à espécie.

"A sociedade do Brasil fez há dez anos imensos progressos, tendendo com sucesso para elevar-se ao nível das sociedades de Europa que marcham à frente da civilização. Hoje o estudo e a educação são quase de direito comum, o que era raro ainda há dez anos. Nesse tempo, com efeito, era difícil encontrar um Brasileiro (não Português de nascimento) que tivesse feito estudos