de nossa independência, com o fico, até o crepúsculo da regência, quando tudo já fazia prever o quero-já do segundo imperador.
Parecerá paradoxal que num capítulo reservado aos festejos, às manifestações de alegria da alma popular comecemos por duas cerimônias de tristeza e de luto: a visita do Santíssimo (de Nosso Pai, como se dizia então e ainda muito depois) e o enterro. Mas eram novidades na vida sensaborona dessa grande aldeia, mal desperta de seu pesadelo colonial, motivo para que as reclusas sinhás assomassem às janelas, assunto para as secas das comadres durante alguns dias. Demais... a ambos se referem os relatos de viagem que vimos alinhavando nesse esboço do Brasil litorâneo, do Brasil visto de relance pelos viajantes.
Os enterros fazem-se à noite, ordinariamente entre dez horas e meia-noite, acompanhados os féretros por dois longos cordões de portadores de tochas, que marcham em fila. Esses homens, marchando soturnos, um atrás do outro, em duas extensas fileiras, aumentam, se é possivel, os sentimentos de tristezas que dominam a assistência e contribuem para tornar a cerimônia inda mais lúgubre.
Cruzando com um enterro ou por acaso presentes em qualquer ponto por onde passe, põem-se todos de joelhos, até que o féretro haja desaparecido de vistas.