sob um pálio, precedia à virgem e aos santos. Mais para trás sacerdotes com a tiara persa, juízes de toga e rosto coberto, Pôncio Pilatos, em costume de cavaleiro, lança em riste, soldados romanos, de insígnias desfraldadas e, fechando o cortejo, a música militar e as tropas da guarnição, de armas em funeral e barretina na mão.

Avançava lentamente a procissão entre duas alas de penitentes, com tochas na mão.

Ao terminar sua descrição, diz o oficial de la Bonite: "Por extravagantes que possam parecer as minúcias que acabo de descrever, é forçoso convir que o conjunto da cerimônia era realmente belo. Essa pompa, no meio da noite, apenas iluminada pelo clarão dos círios bruxuleantes; os cantos sacros que enchiam os ares; as ruas juncadas de flores; o perfume dos turíbulos, subindo em brancas nuvens até a cumieira das casas; todas as janelas com ricos panos e guarnecidas de espectadores em costume de festa; tudo contribuía para produzir efeito singularmente pitoresco, cuja recordação não mais se apagaria. Comecei por sorrir; no fim senti-me emocionado".