de ouro e pedrarias. O corpinho brilhante e delicado contrastava com o amplo desenvolvimento das saias-balão, descendo até pouco abaixo do joelho, numa riqueza de vestuário que, diz o comandante de la Thétis "lembrava o costume das damas de la Conception do Atlas de Lapérouse". Enormes tufos de flores e plumas formavam esplêndido toucado e lhes envolviam as lindas cabeças de querubins, frisadas e empoadas; grandes asas brancas, azuis ou róseas, completavam-lhes o costume angélico, ao qual servia de acompanhamento grande véu de gaze montada em baleias e "figurando a nuvem na qual esses guardas do império celeste tinham descido à mansão terrestre". Carregavam esses anjos os atributos da paixão.
Vinham em seguida três grandes figuras vestidas de negro da cabeça aos pés, o rosto coberto por uma máscara negra e tendo auréola d'ouro, símbolo da santidade. Atrás deles Maria Madalena, que na procissão de 1836 (simples repetição da assistida por Bougainville 10 anos antes), era, por sua beleza, perfeitamente digna de representar a formosa patrona. Ao lado de Maria Madalena ia S. João Evangelista, os dois precedendo a Virgem Santa "mas uma virgem viva, levada em Triunfo por guerreiros romanos" (Darondeau).
O féretro, coberto de crepe violeta, bordado a ouro