Visitantes do Primeiro Império

Dessa longa lista vamos destacar apenas as já por esse tempo, empregadas em marcenaria e marchetaria, e que eram a cangirana, de cor vermelho-brunea, o gandaru, a iririba, amarela, com tons róseos, o itapicuru, mui semelhante ao vinhático, o jacarandá, a merendiba, avermelhada, a mererenga, a murta (suscetível de receber belo polimento mas com o defeito de não durar muito), o pau-brasil, o pau-da-rainha, um dos melhores e mais lindos, também conhecido por ibirapitanga e brasilete, e roxo fino.

Junta a isso o nosso Freycinet um quadro dos principais frutos da província do Rio de Janeiro, de alguns dos quais estropia deliciosamente os nomes:

O araçá é para ele araras; e a grumixama é gurmichamo, com o tamanho, a cor e quase o gosto da cereja.

Curiosa a descrição do caju: "Fruto do tamanho e quase da forma de uma pera ordinária, mas quase tão grosso em cima como em baixo, de cor amarela, vermelha e verde, com abundante suco, mas quase sempre travoso. A semente, que se acha na parte externa e posterior do fruto, contém boa amêndoa, cuja casca está cheia de óleo corrosivo". Achou ele na jaca sabor doce, um pouco nauseabundo. Informa-nos que o conde De Gestas obteve no Rio de Janeiro maçãs tão boas como as de França, e monstruosas, e que o tamarindo, embora abundante, era muito caro.