mudez, o vazio da paisagem de hoje, graças ao vandalismo de nosso povo, à sua pouca educação e à incúria criminosa de todos os nossos governos. Mas para que ser a voz que clama no deserto?
Continuemos a ler o naturalista de l'Uranie:
"As aves ribeirinhas e marítimas", diz ele, "não são menos numerosas. Os martim-pescadores são de plumagens mais bela que na Europa. Na foz dos rios encontra-se a garça-branca, a jaçanã nos vales irrigados; enquanto as enseadas da costa são cobertas de fragatas que, do alto dos ares, se precipitam sobre o peixe que apanham sem mergulhar, e as gaivotas que todos os dias vêm do fundo da baía pescar perto da barra. Mal esta ave voraz percebe a presa, fechando as asas, alongando e entesando o pescoço, deixa-se cair, e mergulhando parece um dardo que se tenha lançado; sai logo d'água sem estar molhada e começa de novo seu exercício."
Tranquiliza o naturalista francês aqueles que quiserem percorrer os arredores do Rio de Janeiro a respeito de serpentes venenosas, que reputa raras, mas diz
Freycinet ter encontrado a surucucu na Tijuca.
"O réptil mais hediondo que talvez exista," observa Quoy, "é o sapo cornudo (o intanha): do tamanho da copa de um chapéu, duplica de volume, inchando