à vontade, e parece ameaçar, erguendo os apêndices carnudos que têm acima de cada pálpebra. Irritado, abre uma goela enorme, fazendo ouvir um som agudo e volta‑se de todos os lados para morder. É difícil não achar divertido sua cólera, que aliás nada tem de perigosa.\"
Distinguem-se no Rio de Janeiro dois grupos de peixes: os que podem ser comidos sem risco, chamados peixes de doente, e os outros, de carne de difícil digestão. Entre os primeiros cita Freycinet: a anchova, o rodobaldo (*) Nota do Autor, raríssimo; a garuba (**)Nota do Autor, de carne semelhante à do merlam, a corvina grande, excelente e rara, e a corvina pequena, abundante e pouco apreciada; a inchada tendo no ventre um osso com a forma de cabeça e bico de narceja. Dos segundos louva o melro (***)Nota do Autor, enorme peixe aqui de gosto medíocre, embora excelente na Bahia; a cavada; o olhete; o marimba e o olho‑de‑cachorro, deliciosos; vários tubarões e raias, muito bons; enguias, muitas sardinhas, etc.
\"Há poucas variedades de mariscos no Rio de Janeiro: as ostras e mexilhões são abundantes, mas as