onde amarram os cavalos. Nosso primeiro cuidado ao chegar é desembaraçar os animais do freio e da sela e dar-lhes a ração. Feito isso, aproximamo-nos do senhor (*) Nota do Autor e, saudando-o profundamente, pedimos-lhe o obséquio de dar-nos alguma coisa para comer. "Tudo o que quiser, senhor," responde ordinariamente. Das primeiras vezes, eu me apressava em agradecer intimamente à Providência, que nos conduzira a um homem tão amável. Mas à medida que a conversação continuava, as coisas tomavam uma feição bem menos satisfatória. "Poderia dar-nos peixe? — Ó! não, senhor. — Carne seca? — Não, senhor." Devíamos considerar-nos muito felizes se, depois de ter esperado duas horas, conseguíamos obter galinha, arroz e farinha. Era preciso mesmo, às vezes, matar a pedradas as galinhas que deviam servir para nosso jantar. E quando, absolutamente esgotados pela fome e pelo cansaço, nos atrevíamos a dizer timidamente que nos sentiríamos muito felizes se o repasto estivesse pronto, o vendeiro nos respondia com arrogância, e infelizmente é o que havia de mais verdadeiro em suas respostas: "O jantar estará pronto quando ficar pronto". Se ousássemos queixar-nos, ou mesmo insistir, nos teriam dito que éramos uns impertinentes e que era melhor