Visitantes do Primeiro Império

obtiveram do rei e dos quais só se cultiva mínima parte, prejudicaram muito o estabelecimento de fazendas agrícolas, porque os agricultores foram obrigados a afastar-se cada vez mais das praias, das margens dos rios e das estradas praticáveis". E por isso acrescenta Freycinet: "É lamentável que um país tão belo não seja explorado por uma nação ativa e inteligente! Os processos mais espalhados para diminuir o trabalho e melhorar os produtos são aqui ignorados ou degenerados. Para pôr um terreno virgem em cultura, começam por abater a machado as árvores que o cobrem; queimam-nas, sem desenraizar os troncos, que ficam salientes fora do solo, raspam mais do que cavam a terra com a enxada, e semeiam ou plantam; a Providência faz o resto!"

São todos acordes em salientar como os escravos eram bem tratados no campo, em contraste com a vida de martírios que passavam os pobres negros nas cidades. No engenho dos Afonsos viu Maria Graham "meninos de todas as idades e cores correndo pela casa e que pareciam ser tratados com tanto carinho como se fossem da família." E pondera: "A escravidão em tais circunstâncias é muito aliviada e semelhante à dos tempos patriarcais, onde o servo comprado torna-se para todos os fins uma pessoa da família".