Visitantes do Primeiro Império

o termo delicioso é fraco demais para exprimir os sentimentos de um naturalista que pela primeira vez erra numa floresta brasileira. A elegância das ervas, a novidade das plantas parasitas, a beleza das flores, o verde brilhante da folhagem mas, acima de tudo, o vigor e o brilho geral da vegetação, enchem-me de admiração. Mistura estranha de ruído e silêncio reina em todas as partes cobertas de floresta. Os insetos fazem um tal ruído que podem ser ouvidos do navio, ancorado a várias centenas de metros da praia, e, no entretanto, ao interior da floresta, parece reinar um silêncio universal. Quem ame a história natural experimenta num dia como esse o prazer, a alegria mais intensa que possa esperar.

Na volta (1836) fala um pouco da paisagem propriamente baiana: "As casas e sobretudo as igrejas são de arquitetura singular e bizarra. São todas caiadas, de modo que, iluminadas pelo sol brilhante do dia, destacando-se no azul do céu, dir-se-iam antes palácios feéricos do que edifícios reais.

"Seria inútil ensaiar a pintura do efeito geral. Sábios naturalistas tentaram descrever estas paisagens do trópico citando um sem-número de objetos e indicando alguns traços característicos de cada qual. É um sistema