Enastravam de louros as grandes individualidades que serviam, entoando loas às suas virtudes e aos seus méritos. E a História lhes consagrou a justiça da ação.
Nada semelhante, porém, é o caso do barão do Rio Branco. Não lhe faltara, é certo, nos primeiros anos de sua vida pública, esse contato com o elemento popular, nem o exemplo, ou o conselho, dos responsáveis pelas mais graves deliberações de nossa existência nacional. Antes estivera nas melhores condições para ir exercitando suas excepcionais qualidades de observador e de homem de ação.
Frequentavam a casa paterna os primeiros entre os brasileiros da época. Ali reinava atmosfera da mais alta intelectualidade. A presença da futura viscondessa do Rio Branco não permitia descambarem discussões e divergências para a violência do vozerio de praça pública. Nesses salões, que não eram excepcionais durante o Segundo Reinado, aprendiam-se a cortesia, o respeito às opiniões alheias; as maneiras de apurado tom, que o barão conservou até o último momento, nele constituíam segunda natureza e tanto prendiam a quem com ele tratava.
Superioridade elementar em meios outros que o nosso, meios nos quais se exige a polidez como condição essencial do convívio.
Da república, em França, se pôde dizer que elle a tué les salons, e assim extinguiu um dos mais poderosos fatores da cultura nesse grande país.
No Brasil a observação forasteira tem sua contraprova.
Regimen em que pompeiam os parvenus, paraíso dos "arrivistas", o paradoxo igualitário não tolera preeminências. Toda superioridade deve começar por se fazer