Estudos Históricos e Políticos

perdoar. E por não compreenderem, ou não poderem atingir o grau de elevação traduzido no apuro dos costumes, preferem negar-lhe a valia.

Concepção simplista e democraticamente niveladora... para baixo.

Em debate cortês, estudavam-se e solviam-se os problemas mais altos da política brasileira, nas conferências, em que tamanho destaque tinha a figura imponente do conselheiro Paranhos. Boa escola para quem quisesse penetrar no sentido íntimo do que seja servir a pátria, sacrificar tudo ao interesse coletivo, colocar o Brasil acima de quaisquer controvérsias subalternas, agir só para atender às necessidades presentes, mas, ainda mais, em vista do futuro que à nossa terra descortinava o grande espírito desses homens de escol.

Dessas lições se lembraria mais tarde o atento e filial discípulo.

Já velho, ocupando no governo posição sem par, dirigindo a política internacional do Brasil, inspirando, por vezes, a do continente, havia de comprometer a própria fortuna, e com sua fazenda custearia serviços públicos, insuficientemente dotados, para que não sofresse o interesse nacional.

Predisposição hereditária; ambiente, moral e intelectual, em que se desenvolvia a lição de patriotismo e de ciência de governo — o ponto de vista do estadista, em suma — ia permitir amadurecessem e se disciplinassem as qualidades inatas do futuro chanceler.

Chamado a colaborar na obra de Paranhos, a Missão do Prata e a Câmara dos Deputados iam por à prova o valor do jovem diplomata e do homem público.

Problemas, qual mais grave, amontoavam-se ante o chefe da Missão de 1869-71, e, depois, ante o presidente do conselho do Gabinete 7 de Março.

Estudos Históricos e Políticos - Página 205 - Thumb Visualização
Formato
Texto