Estudos Históricos e Políticos

HOJE

Aos mortos devemos respeito, justiça, verdade e gratidão.

Serenadas as paixões, mais fácil se torna julgá-los. Dos vivos, em pleno tumultuar da vida diária, mais espinhosa se ostenta a tarefa crítica.

Menos raros, hoje em dia, são os filhos de Minas que terçam armas na diplomacia. Já um grupo aí moureja, nos postos iniciais, no qual há possivelmente valores aproveitáveis. Mas é nos chefes de missões que se devem procurar os homens capazes de suceder e de continuar aos guias de outrora.

Deixemos de lado, por ininteressantes, algumas embaixadas, de mera cortesia internacional, sem significado político.

Na esfera de trabalho real, dous nomes ocorrem, ambos de temperamento conciliador, capazes de largo esforço, consciente e contínuo, acessiveis às divergências de opiniões, aptos a compreenderem dissídios e hábeis em compor choques de interesses, prestigiados nos cargos que têm ocupado.

Afranio de Mello Franco teve de agir tanto na Conferência Pan-americana de Santiago, em 1923, como na embaixada brasileira junto à Sociedade das Nações de 1924 a 1926, em condições extremamente precárias. Tudo lhe era adverso. Heterogeneidade no pensar dos delegados; instruções contraditórias; indisciplina por parte de certos companheiros de trabalho; hesitações na orientação governamental; flagrante discordância entre as deliberações do Rio e os interesses permanentes e a imutável tradição diplomática do Brasil.

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