trabalhavam. E havia gigantes na terra daqueles dias, e tambem anões maus em sua maioria. Havia guerras, e destruíam.
* * *
Deveríamos elevar-nos acima da perversidade, como se ascende montanha desconhecida com o auxílio de guias sabedores. Ninguém, que encete ignorada viagem, estipula que o piloto com ele deva concordar no rumo a seguir, pois seria absurdo: o piloto presume-se que saiba: o conduzido, não. Ninguém, que suba uma serrania, imporá que o guia adote esta direção ou aquela: ao guia cabe dirigir.
E, entretanto, para a Jornada Espiritual, os homens elegem diretores que lhes são mais desconhecidos ainda do que a terra ou o mar, e exigem que sigam tal ou tal rumo, acorde com suas próprias imaginações. E, em vez de lhe obedecerem, o abandonam e denunciam se os levam por forma outra.
Parece a essência da perversidade.
II
Quem põe a mão no fogo, sabe o que o espera. Nem pode censurar ao fogo.
Quem perturba a um vizinho, pode receber o que não espera. Nem pode o vizinho ser censurado.
Ao fogo não pode advir prejuízo. Sim, entretanto, ao vizinho. E cada ato, de qualquer sorte, traz a seu fautor as consequências correlatas. Podereis gastar mil vidas, pagando o malfeito a um vizinho.
Portanto, das duas indiscrições, preferi pôr vossa própria mão no fogo.
Há, entretanto, a Via Média, pela qual se evita todo abuso.