mediania e das feiuras da vida diária. Dêulegar, em seus planos, a preocupações de higiene e de conforto: a vida é triste, cheia de sacrifícios e de sofrimentos, e é tão humano e fraterno melhorar, consolar e combater vicissitudes da sorte alheia. E assim terá seguido a ordem moral do amor ao próximo. Foram grandes psicólogos, médicos d'alma tanto quanto do corpo, os que proclamaram divinum est opus sedare dolorem.
Num século como o nosso, em que prima a obsessão do utilitarismo, não receiem ser inatuais e sonhar.
Num belo traçado de via férrea, e por certo interessante e louvável cogitar de abrir novas regiões à expansão econômica, aproximar o interior do litoral em que se faz o escambo. À obscuridade do viver sertanejo, entretanto, mais ainda importa levar elementos de civilização, noções mais altas da solidariedade humana, palavras eternas de deveres mais alevantados.
Não temam ser crentes. Quanto mais se prolonga a existência, para quem ama, sofre, medita e vê, mais se afervoram os sentimentos de gratidão, de humanidade, de sacrifício e de abnegação. Gravita naturalmente a alma para o Criador. Crescem indulgência e piedade pelos que ignoram e erram, e, nas exigências essenciais da vida, dão primazia às baixas satisfações subalternas sobre as venturas depuradas e superiores do Bem, do Amor ao próximo no amor de Deus.
Vitalizem sua carreira, pondo-lhe a meta em nível acima dos conflitos terrenos. Animem seu esforço, com um ideal imarcescível. Leiam e sigam as lições da Imitação de Cristo.
Quando o fogo da mocidade e da luta tiver arrefecido, e a chama juvenil lhes vier, nos olhos, substituída pela serena luz da idade madura, sentirão a profunda