Estudos Históricos e Políticos

O PROBLEMA UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO

Acudo ao convite dos organizadores do inquérito, como sondagem social tentada pela Associação Brasileira de Educação, no ponto especial do problema universitário.

A definição do assunto, claramente posta no folheto expositor da questão, dá como solvidas as bases do edifício, na fase primária e no estágio secundário. Será inatacável tal premissa?

País de crescimento endógeno, pela sobrevivência, e exógeno, peia imigração, como resolver tais dificuldades iniciais, quando 20% apenas da população sabem ler e escrever? Quando, ao serviço militar, tanto sorteado ainda se apresenta, desconhecendo quase a língua pátria?

Principalmente, como ter por definitivo o conceito vigente no período inicial do ensino, se este se limitar à mera alfabetização do aluno?

É mais vasto o escopo. A escola, em seu complexo, deve formar valores sociais, ensinar a viver, aparelhar a criança em todas as tendências de sua psique. Umas, pode o Estado satisfazer, na parte referente a letras, artes, ciências. Outras lhe escapam, pois se filiam ao problema eterno das relações do homem com o Infinito.

Longe de se contraporem, completam-se. Do mesmo modo pelo qual, em país onde coexistem credos divergentes, seria violência espiritual impor um deles como oficial (donde a laicidade forçada do ensino do Estado), assim também grave erro seria deixar o governo inaproveitadas

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