as imensas reservas morais da alma, não lhe proporcionando educação e resposta ao anseio religioso.
Daí, sem limitação confessional, o imperioso dever moral e político de não desperdiçar as ilimitadas forças ativas que invocam o auxílio do ideal divino.
Claro, o Estado é incompetente para ministrar tal ensino.
Mas o deve permitir e facilitar por todos os meios, em atitude de respeito, amor, funda gratidão e colaboração cordial, aos beneméritos auxiliares que levantam as cogitações humanas acima do pão nosso de cada dia.
Viver, em seu conjunto, é um problema de energia integral.
Como deixar jazer inútil esse inesgotável repositório de esforços sublimados que é a fé? Já não falamos do ponto de vista religioso, mas do simples plano da economia humana, da conjunção dos impulsos para atingir níveis mais altos da existência moral, da qual depende a existência material.
Na escola, com razão, o Estado exige e aplica a higiene do corpo. Como recusar, e a que título, os cuidados da alma?
Na mesma aula, portanto, onde o governo se dirige às inteligências, é dever moral e de pura conveniência coletiva educar o sentimento. Nela, portanto, inteiramente desprendida de qualquer liame oficial, paralelamente se deve exercer, a pedido dos pais, a direção religiosa, sem exclusão de qualquer credo. É tão fácil, tão evidentemente liberal, consequência tão direta da verdadeira liberdade de pensar!...
E então a escola, em vez de pretexto de conflito entre inteligência e sentimento, entre ciência e espiritualidade,