O SENSO DA VIDA
DISCURSO DE PARANINFO DOS ENGENHEIRANDOS DO COLÉGIO MACKENZIE, EM 1928, EM SÃO PAULO
Findou a fase de vossa vida, em que, guiados por vossos mestres, íeis adquirindo elementos de ciência.
Tendes de aprender e de trabalhar agora com vosso próprio esforço, à vossa custa, sem auxílio senão os dotes que vos concedeu a Providência Divina, e os métodos de investigação, de análise e de raciocínio que aqui assimilastes. Com tais fatores tendes de construir o aparelho de vossa existência mental e corrente, no suor de vosso rosto, à conquista do único prêmio de real valia que é o "saber de experiência feito".
Nenhum de nós sai das escolas sabendo. Apenas, nos melhores casos, conseguimos consolidar noções de como e onde se estuda, se perquire, se induz e se deduz.
A obra de arte, que é a visão meditada dos fenômenos, traduz longa elaboração íntima, de nós mesmos dependente, soma de heranças psíquicas modificadas por nossas faculdades inatas, mediante os impulsos sentimentais, as diretivas e os processos filosóficos de que o ensino e a educação nos revelaram os conceitos fundamentais e os modos de os utilizar.
Aprendemos a aprender.
Deste momento por diante, deixais de ser agentes meramente receptivos de conhecimentos alheios. Ides