iniciar vossa colaboração produtora, na massa geral das tentativas por arrancar do universal mistério ambiente as tênues parcelas de Verdade com que cada homem digno do nome procura contribuir para espargir pelo orbe seu ideal inspirador.
Como traçareis vossa trajetória?
Em uma das passagens mais altas do divino sermão da Montanha, disse o Mestre: "Ubi thesauros tuus, ibi et cor tuum." Onde poreis o vosso? Que meta escolhereis?
Na sua preciosa obra, que já conta cerca de 50 edições, sobre o Valor da Vida, Ollé-Laprune analisa e busca o que seja o senso do dever, da obrigação, nessa coisa grave e séria que é a existência humana, no conflito perene do que e, com o que deve ser.
Prendem-se aí as noções sublimes dos imperativos das inexcedíveis superioridades, Suprema Culminância em todos os sentidos, já em pleno Absoluto.
Nesses píncaros vertiginosos, onde, como, achar e definir a Regra? Com o problema ainda mais difícil tornado pelas variações psíquicas e intelectuais de homem a homem?
Para uns, o limite é posto pelos fatos em si, pela percepção pura e simples, pela só experiência; esfera de apoucado raio.
Em grau mais alto, encontra-se o ambiente das ideias, das abstrações: nele se geram ciência, arte, moral.
Finalmente, abre-se a região da realidade intelígivel, do pensamento pleno, total, estuante, indo além do meramente sensível. Sob seu império a subjetividade científica transcende à natureza real e palpitante. A arte anima-se na própria vida, para a qual gravita sem cessar. A