Quanto à segunda, concordam as estatísticas em apontar o suicídio como oito vezes mais frequente entre reformados do que entre católicos, achando-se que a razão preponderante está na absolvição, que o sacramento da penitência, peculiar aos católicos, recusa aos que atentam contra a própria existência.
Expressão de desfecho de uma longa vida de erros e de desordens morais, na frase de Masaryk, o suicídio flagela proporcionalmente mais aos cônjuges separados, e é natural que assim seja. São vencidos prévios os que, não podendo suportar uma vida conjugal naufragada, vão buscar novo tálamo que os console dos desvios do anterior, sem se preocuparem com os lamentáveis consectários morais e religiosos da dissolução para os esposos e a prole. Que há de estranhável que um desequilíbrio de tal natureza chegue às consequências últimas da destruição intencional da própria vida?
Permitiu a Providência em Sua Infinita Misericórdia que o Brasil nascesse, evoluísse e se formasse sob o signo da Cruz, apesar dos erros dos homens e de todos os obizes que, por todo lado, lhe surgiram ao encontro.
A principal dificuldade — cumpre afirmá-lo (ne quid veri dicere não audeat, dizia o grande Leão XIII) — veio do próprio clero. Não por culpa própria, mas por influxo do execrável despotismo de Pombal. Este nem só o exerceu como se sabe, mas impôs à Universdade de Coimbra suas doutrinas regalistas, dando lugar à formação de um sacerdócio galicano, que se transferiu para o Brasil.
Estes padres, tão respeitáveis por outros títulos, traíam inconscientemente sua missão católica, isto é, universal, e sobre eles pesa a tremenda responsabilidade do vero Cativeiro de Babilônia, que foi a situação da Igreja durante o Império. Afrouxaram em sua missão apostólica.