Em 1756, entretanto, voltaram a dominar os erros seculares, lembrando o governo metropolitano às oficinas no Brasil que ainda estava de pé a lei antiga, que marcava 10% de diferença entre o valor real e o nominal na circulação metálica da colônia. A ordem, contudo, só em 1789 começou a ser observada na Casa da Moeda do Rio e em 1810 na da Bahia, e ainda somente quanto à prata.
Limitado o poder liberatório a 100 réis, o cobre circulava também, peças coloniais em que a oitava de metal se cotava, acima do preço real, de 5 réis a 16 réis, embora o cunho mencionasse os mesmos algarismos nominais, 5, 10, 20 e 40 réis, bastante superiores ao custo intrínseco da matéria prima.
Processos ineptos, além de desleais. Os negociantes e banqueiros, sabendo os escusos métodos do governo, já não contavam as peças: pesavam-nas e determinavam-lhes o toque, de sorte que o câmbio se estabelecia sobre o peso real de metal nobre existente nas medalhas compradas e vendidas.
Herdou o Brasil tradição e prática de moedagem falsa. Não quanto à prata e ao ouro, sim quanto ao cobre. A crise medonha, de circulação, e de economia, conhecida como crise do xém-xém, não foi senão o resultado das emissões de moeda divisionária, cujo poder liberatório já não tinha limites (pois o de 100 réis caíra em desuso), por populações ignorantes recebida sem restrições por seu valor nominal, que em realidade era de três a seis vezes o seu valor intrínseco.
Complicado o fenômeno com emissões, clandestinas ou contrabandeadas, feitas por particulares, e com movimentos intermonetários causados por uma falsa relação entre prata e ouro (de 12 1/2 a 13 8/9, quando era de 16 no mercado livre dos metais), resultou um caos, estudado pelos especialistas, e que foi a ruína do Brasil, tanto para