o governo, forçado a resgatar toda a massa, legítima e ilegítima, de cobre em circulação, quanto para os particulares, que sofreram da disparidade de venderem seus produtos por preços calculados pelo valor nominal do xém-xém, e de adquirirem mercadorias importadas por preços baseados nos valores reais da moeda. Só por 1840 se normalizou a situação. As emissões, boas e más, tinham regulado por 40 mil contos.
O outro vício monetário, a ilusão de fixar cotações por ato de autoridade, teve vida mais dura. Até hoje, persiste nas práticas governamentais.
Quando começou a circulação forçada das notas do primeiro Banco do Brasil, a paridade legal relativa a Londres era 67 1/2 pence por 1$000. A retirada de quase todo o stock metálico que garantia o troco das cédulas, por ocasião da volta de d. João VI a Lisboa, em 1821, as lutas da Independência, as revoltas e motins no Norte e no Sul, a guerra da Cisplatina, a quebra do Banco, a insuficiência dos valores produzidos para atender aos gastos gerais do país, todas estas causas juntas à desvalorização crescente do xém-xém, iam provocando a baixa dos câmbios. O elemento fiduciário da nota, baseado na sua conversão esperada em metal, ia envilecendo as taxas, à medida que recuava a probabilidade do reembolso.
Caíam os cursos, por 1833, a 32 1/4 e 41 1/2 no Rio, a 30-33 na Bahia, a 38 1/6 no Recife e a 39-53 no Maranhão. A lei desse ano, tomando uma média, pensando fixar as flutuações, marcou uma nova paridade de 43 2/10.
Ora, não se modificavam as falsas doutrinas dominantes. E, como consequência, nenhuma razão havia, econômica e psicológica, para deter a queda. De 1836 a 1839, variou de 26 a 36. Aos poucos, ia sendo liquidado o acervo de responsabilidades anteriores. Pacificava-se o Brasil;