Mas a esta ilusão responde Garofalo com estatísticas e argumentos esmagadores. Mostra que, ao invés de diminuir, a criminalidade da Itália tem aumentado de um modo ameaçador a partir exatamente de 1860, época de que data a grande difusão da instrução pública naquele país. As estatísticas de D'Haussonville dão o mesmo resultado para a França. Em 1826 em 100 acusados 61 eram iletrados e 39 tinham recebido uma instrução mais ou menos desenvolvida. Atualmente a proporção se acha invertida: 38 ilettrados para 70 letrados (na acepção mais modesta do termo). D'Haussonville explica esta inversão nas proporções pelo fato de haver aumentado o número dos letrados sem ter diminuído e até pelo contrário ter aumentado também o número dos crimes, naturalmente resultando apenas dali o aumento do número dos criminosos letrados. E nota ainda o mesmo autor que os departamentos, em que há maior número de acusados, são exatamente aqueles em que a instrução se acha mais disseminada.