Com efeito, não são só as ações humanas que, apesar de determinadas por causas naturais, podem se desenvolver livremente, sem embaraço de ordem física, mas sim todos os fenômenos da natureza. Então, como exemplifica Ferri, as águas de um rio, que correm de acordo com as leis da gravidade, se podem dizer livres.
A individuação nas ações humanas prova ainda mais neste sentido, visto como é exatamente porque "toda a ação humana é o efeito necessário de certas causas determinantes, com exclusão de outras, que todo homem tem uma personalidade sua — física e moral".
Tobias Barreto afirma, sem razão, que os deterministas fundamentam a negação do livre arbítrio no fato bruto da motivação das ações humanas, e que se lhes podem objetar, como prova da existência de uma certa dose da liberdade do querer, a escolha psíquica dos motivos e a possibilidade da determinação no sentido da maior resistência.