era necessária a conclusão de que, quanto mais profunda e competente for a análise psicológica do criminoso, quanto mais adiantados e aperfeiçoados estiverem os conhecimentos da psicologia mórbida, tanto mais fácil será descobrir móveis de ação, inteiramente alheios à influência da vontade livre e por conseguinte tanto mais numerosas serão as declarações de irresponsabilidade e mais frequentes as absolvições.
Não é um médico, mas sim um criminalista notável, Tarde (Philosophie pénale), quem aprecia a questão nos seguintes termos:
"Ao médico perito, incumbido, em um número crescente de casos, de apreciar o estado mental do culpado, torna-se cada vez mais difícil emitir a opinião de que este era livre em querer de modo diverso do que quis. Se o médico exprime esta opinião, é violentando as suas convicções científicas. Um médico legista, Dr. Mendel, publicou um trabalho destinado a provar que os seus colegas devem se abster de responder ao quesito: o