"reclinada à beira-mar;
e, como servas humildes,
sustendo-lhe o régio arminho,
as vagas falam baixinho
medrosas de a despertar".
(Fagundes Varella, - A Bahia)
Focalizando a mentalidade d'"O Cangaceiro", só possível pelo abandono em que jaziam nossos sertões, Catullo Cearense mostra outra face, a face triste da questão:
"De tanto e tanto sofre,
o coração que padece,
fica duro como um calo!
No sofrimento endurece,
caleja na desventura,
como as patas dos cavalos
na estrada de pedra dura".
Ou Armindo Rangel, quanto ao trabalhador indigente:
"Sim, é dura a lida;
é, porém, nosso destino trabalhar,
para a gente bonita da cidade
gozar a bela vida.
— Dizem, seu dotô, que isto vai acabar"!